segunda-feira, 29 de julho de 2013

Jejum prejudica processo de emagrecimento e ainda faz mal à saúde

Passar muitas horas sem se alimentar pode levar à perda de massa muscular e à flacidez. 

Na briga com a balança, sabemos que é preciso reduzir a ingestão de calorias para poder perder peso. Um erro comum, provocado por muitos pacientes que procuram os nutricionistas está em fazer jejum prolongado para tentar, dessa forma, emagrecer. Só que ao não se alimentar adequadamente, o nosso corpo entende que estamos em perigo e começa a “poupar” energia (ou seja, gordura) para nos proteger da escassez.

O que é, o que é?
Segundo o neurocirurgião do Hospital das Clínicas Dr. Fernando Gomes Pinto, jejum é, por definição, um período prolongado sem ingerir comida ou líquidos, com limite aceitável de oito horas para adultos e seis horas para crianças.

Dra. Daniela Cunha Cavalheiro, nutricionista da empresa Ser Saudável Nutrição, explica que o estômago dá sinal de fome em poucas horas de jejum, mas a sobrevivência sem alimento varia de acordo com o estado nutricional da pessoa e exemplifica: “existem indivíduos que adaptam o seu organismo ao jejum prolongado, como acordar e não tomar café da manhã, se alimentando só no almoço ao meio dia sem sofrer nenhum mal-estar. Enquanto outros, em apenas duas horas sem alimentos sentem dor de cabeça, visão turva, face pálida e sudorese fria, principalmente nas extremidades”.

Essa “abstinência calórica” até faz com que a pessoa sinta diferença nas medidas, mas não porque emagreceu e sim porque perdeu massa magra, água e glicogênio. Daniela explica que o jejum é prejudicial porque o organismo é dependente de quantidades constantes de glicose para sobreviver, não sendo a quantidade de carboidrato armazenada, o suficiente para manter esse nível de glicose do organismo constante. “O jejum prolongado obriga o corpo a trabalhar em marcha lenta, diminuindo o ritmo de todas as funções com o objetivo de economizar energia. Com essa queda no metabolismo, é possível engordar até comendo menos, pois o corpo entende que há a necessidade de formar uma reserva energética.”

Os sintomas
Jejuar por longos períodos é ruim para o corpo, que manda sinais de que algo não vai bem. “O indivíduo, por faltar glicose, pode desencadear dor de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição do rendimento intelectual, chegando a ter alucinações em casos extremos”, conta Pinto. 

Nosso corpo funciona para nos manter vivos e a falta de alimento faz o organismo entender que estamos “num período de guerra, em que é necessário economizar e estocar energia”, segundo a nutricionista, que reforça que quem lança mão dessa abstinência calórica para emagrecer está, na verdade, dando um passo pra trás, porque “só vai contribuir para o aumento dos chamados pneuzinhos”, uma vez que o corpo vai estocar tudo o que se come em forma de gordura.

Além disso, “o neurônio utiliza glicose e oxigênio para funcionar de forma adequada e começa a ter prejuízo no funcionamento do sistema nervoso quando falta comida”, ensina o neurocirurgião. 

Não vale a pena
Jejuar pode emagrecer, já que sem alimento, o corpo passa a queimar tudo o que tem reservado, mas, segundo a nutricionista Daniela, o preço a ser pago é alto e a saúde é colocada em risco, sim, para um resultado que provavelmente não vai durar.

“Isso acontece porque quando permanecemos em jejum, inicia-se a gliconeogênese, com mobilização das reservas de carboidratos do fígado. Ocorre, em seguida, o catabolismo das proteínas que são diretamente utilizadas pelos tecidos ou convertidas em glicose.

Após esta fase de utilização de proteínas e carboidratos, prioriza-se finalmente a mobilização da gordura, com a formação de corpos cetônicos, que podem atravessar a barreira do sangue e do cérebro e serem utilizados como energia. Se o jejum prosseguir por muito tempo, intensifica-se novamente o catabolismo protéico, desta vez de forma mais acentuada e danosa. De acordo com alguns estudos em nutrição e comportamento, diversas pessoas que hoje sofrem com distúrbios alimentares compulsivos como bulimia e anorexia, já experimentaram o jejum durante algum período de suas vidas.”

Corpos cetônicos
Daniela explica que os corpos cetônicos são compostos solúveis no sangue e na urina. Eles são três compostos produzidos por meio da quebra de ácidos graxos no fígado: acetoacetato, beta-hidroxibutirato e acetona. 

“Quando a quantidade de açúcar no sangue cai, chega a hora de o corpo começar a queimar lipídios em substituição - um processo chamado cetose. Um dos produtos dessa metabolização são os corpos cetônicos, que se transformam espontaneamente em acetona - uma substância de cheiro bem característico. Parte dela é liberada pela urina, mas, como é muito volátil, sai até pela respiração. 

Daí o hálito meio azedo liberado na respiração de portadores de diabetes, de pessoas em dieta e de quem acaba de acordar”, ensina a nutricionista.

Quando acontece em excesso, a produção de corpos cetônicos pode se transformar em uma patologia: “nesses casos tem-se o que chamamos de cetose (o nível de corpos cetônicos no plasma sanguíneo está elevado) e com isso o pH do sangue diminui bastante (acidose). Também se encontra corpos cetônicos na urina (cetonúria), quando a cetogênese esta muito acelerada, o que é um sinal de descompensação da diabetes”.

Começar bem o dia
Enquanto dormimos, nosso corpo continua em funcionamento, mesmo que em um ritmo mais lento, para seguir respirando, mantendo o ritmo cardíaco etc. Essas funções demandam energia e, por isso, ao despertar é preciso colocar algum “combustível” pra dentro: o café da manhã.

Tem gente que costuma pular essa refeição por pressa ou por falta de fome, o que não é nutricionalmente adequado. Daniela conta que o café da manhã fornece, entre outros nutrientes, carboidratos para que se possam ser feitas as tarefas do dia a dia, influenciando no rendimento diário. “Ao pular o café da manhã, o corpo ficará prejudicado porque o organismo, depois de esgotada a principal fonte de energia, que é a glicose, passa a usar o glicogênio estocado principalmente no fígado e nos músculos”, conta. É aí que se dá o pontapé da queima da massa magra, lembra?

fonte: Portal EF

Ar-condicionado, falta de sono, sol e poluição podem interferir no peso

Médicos explicaram ainda que certas viroses também podem engordar. 

Que uma vida de maus hábitos alimentares pode engordar, todo mundo sabe. Mas por incrível que pareça, além da má alimentação, existem outros fatores que podem interferir no aumento de peso, como explicaram os endocrinologistas Alfredo Halpern e Cintia Cercato.

Falta de sono, falta de sol, poluição, viroses, desequilíbrios da flora intestinal e até mesmo o ar-condicionado são alguns desses vilões "ocultos" da balança. No caso do uso do ar-condicionado, a endocrinologista Cintia Cercato explicou que regular a temperatura faz a pessoa gastar menos energia já que não usa o organismo para se aquecer ou se resfriar. Ou seja, o aparelho faz o trabalho que o corpo faria e poupa o gasto energético, contribuindo para o ganho de peso.

Já a poluição, além de todos os problemas que causa para a saúde, pode também desregular os hormônios do organismo. Isso porque, ao entrar em contato com as partículas de poluição, as células do corpo desenvolvem processos inflamatórios que aos poucos vão engrossando a camada de gordura - em especial, a gordura abdominal, que traz mais problemas para a saúde.

Não é à toa que pessoas que vivem em grandes avenidas, onde há maior circulação de veículos, tendem a registrar mais problemas de saúde, entre eles a obesidade, como mostrou a reportagem do Rafael Castro na cidade de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo.

Outra reclamação bastante comum de quem mora em lugares mais movimentados é a falta de sono e isso também pode prejudicar o peso. Ao dormir mal, a pessoa tem uma diminuição do hormônio da saciedade - leptima - e um aumento do hormônio da fome - a grelina - e, além disso, ela acorda com pouca vontade de fazer atividade física.

Fora isso, o endocrinologista Alfredo Halpern explicou que a melatonina, hormônio que aumenta durante a noite e no escuro, também ajuda a queimar gordura.

Por isso, é importante se preocupar em deixar o ambiente do quarto com pouca iluminação para ajudar a ter um sono de melhor qualidade. No entanto, para quem trabalha de madrugada e dorme durante o dia, como é o caso do casal Vanuzia e Denizio, mostrado na reportagem da Marina Araújo (veja no vídeo ao lado), a dica é usar máscaras para dormir, que ajudam a cortar grande parte da luminosidade do ambiente.

No caso do sol, por exemplo, há estudos da relação da vitamina D - que vem da luz solar - com a obesidade. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, essa vitamina é absorvida pela pele e levada até o fígado, onde começa a ser metabolizada. Depois, chega até o rim, onde o processo é concluído e ela é carregada pelo sangue.

Porém, se há falta de vitamina D no organismo, o rim faz uma espécie de metabolização mais agressiva que, apesar de ajudar a suprir a ausência do nutriente, faz o corpo produzir também células de gordura. Por isso, a exposição ao sol dentro dos horários seguros - antes das 10h e depois das 16h - pode ser uma aliada para evitar o ganho de peso.

Os endocrinologistas acrescentaram ainda as viroses como vilãs do peso. O Centro de Pesquisa Biomédica de Pennington, da Universidade do Estado da Louisiana, que estuda as relações entre o ganho excessivo de peso e infecções por vírus, concluiu que o vírus ad36 (ou adenovírus 36), causador de uma virose de problemas respiratórios, também pode engordar. Testes em animais mostraram que a ação do vírus aumenta as células de gordura e a capacidade do corpo de armazená-las, fazendo com que a pessoa engorde.

Por último, a dica é melhorar a ingestão de probióticos e alimentos que ajudam a regular a flora intestinal.

Dessa maneira, as bactérias do intestino conseguem funcionar melhor. Por exemplo, no caso da alface, por ser uma fibra insolúvel, passa reto no intestino dos magros; mas no caso dos gordinhos, ela é absorvida, se transforma em calorias, energia e gordura.

fonte: Portal Bem Estar

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Coca-cola na atividade física: vício ou benefício?

Bebida é escolhida por ser altamente palatável. 

Em algumas atividades físicas de longas distâncias, como as corridas, é comum encontrar nos postos de hidratação alguns alimentos sólidos, como castanhas, bolos e bolachas, além de água e algumas bebidas isotônicas. Porém, alguns atletas ainda sentem falta de um aliado: a coca-cola.

O produto contém um alto conteúdo calórico, que diminui a taxa de esvaziamento gástrico e diminui a sensação de fome. “A coca-cola não tem nenhuma propriedade nutricional. Quando consumida durante o treino, não surge como a melhor opção por ser muito concentrada”, informa o nutricionista, especialista em nutrição esportiva e professor da Unifesp, Dr. Murilo Dattilo.

A solução contém uma alta concentração de carboidratos (mais de 10%), que são absorvidos rapidamente pelo organismo. “A coca-cola dá um estímulo a mais, porém essa sensação é perdida depois de alguns quilômetros. A melhor forma de manter-se bem na prova é tomar as bebidas isotônicas servidas nos postos de hidratação”, conta o fisiologista e professor da Unifesp, Dr. Paulo Roberto Correia.

Cafeína - Apesar de ser conhecida pela cafeína, a solução não tem uma quantidade suficiente para gerar benefícios ao rendimento. “É preciso considerar o peso da pessoa, mas, como a concentração é pequena, demandaria um grande consumo da bebida em todo o trajeto”, pondera Dr. Murilo.

Sódio - A bebida também não possui sódio em grande quantidade, o que impede que o atleta se reidrate. “Durante o exercício físico, o isotônico é uma das melhores opções. Caso seja após a atividade, além do repositor, sucos naturais podem fazer parte da estratégia de reposição hídrica e de carboidrato”, sugere o nutricionista.

Portanto, só existe uma explicação para o pedido dos atletas: o gosto adocicado. “A bebida é altamente palatável, diferente das bebidas isotônicas servidas. Apesar de sempre colocarem um sabor para que fique mais gostosa, a coca-cola ainda é uma preferência”, diz Dr. Paulo Roberto.

Desconforto - É comum que os atletas que já estejam habituados a treinar e participar de eventos com a coca-cola preparem a bebida antes. “Caso a bebida ainda esteja com gás, pode gerar um desconforto gástrico para os corredores, mas isso varia de pessoa para pessoa”, conclui o nutricionista.

fonte: Portal Webrun

terça-feira, 23 de julho de 2013

Importância do consumo de líquidos na atividade física

Com a prática de atividade física, ocorrem perdas hídricas pelo organismo através do suor e de nutrientes pelo aumento do gasto energético.1 Alimentação adequada e hidratação são de extrema importância para um ótimo desempenho e para a manutenção da saúde. 

Durante a prática esportiva, a taxa de transpiração oscila entre 1 e 2 litros de líquidos por hora de exercício. Essa diminuição de água no corpo leva à perda de peso, menor capacidade de queima de gorduras, além de diminuir o volume plasmático e aumentar a osmolaridade, o que indica que o indivíduo já está em processo de desidratação.2 Quando o atleta sente sede, significa que já está desidratado, o que pode levar à diminuição do rendimento durante o exercício e a efeitos deletérios à saúde.3

A desidratação pode resultar em diversas manifestações fisiológicas como câimbras, tonturas, fadiga, elevação da frequência cardíaca, diminuição do fluxo sanguíneo para os tecidos, as quais comprometem a capacidade de realizar o exercício por período prolongado e em alta intensidade.2 Dessa forma, a reposição hídrica em volumes equivalentes às perdas de água pela sudorese se faz necessária antes, durante e após a atividade física, pois auxilia na manutenção tanto da temperatura corporal, como da concentração plasmática de sódio.3

De acordo com o American College of Sports Medicine4 a reposição de líquidos para os praticantes de atividade física deve acontecer da seguinte forma:

1. 2h antes do exercício: ingestão de 500ml de líquidos, de forma a promover uma hidratação adequada e haver tempo suficiente para excreção da água ingerida em excesso; 

2. Durante o exercício: ingestão de líquidos em intervalos regulares e de acordo com a sede para assim repor uma quantidade próxima à água perdida pelo suor; 

3. Exercício com duração de 30 minutos a 1h: ingestão de água pura ou de líquidos com carboidratos e eletrólitos, pois apresentam poucas diferenças de desempenho nesses casos;

4. Exercício com duração superior a 1h: ingestão de 600 a 1200ml de líquidos por hora de exercício, recomenda-se a adição de quantidades adequadas de carboidratos e eletrólitos, pois ajudam a manter as concentrações de glicose, permitindo a produção de energia para continuidade do exercício.5

As bebidas com mistura apropriada de líquido, carboidratos e eletrólitos podem auxiliar na melhora da performance do esportista. Os carboidratos em concentrações de 60 a 70g/L nessas bebidas estimulam a absorção de líquidos e eletrólitos pelo intestino delgado, além de melhorarem a palatabilidade.2 

Algumas opções de suco de frutas com extrato de soja oferecem 70g de carboidrato por litro, por isso podem ser considerados uma opção de consumo em exercícios físicos com duração superior a uma hora. 

Referências bibliográficas:
1. Casa DJ et al. National Athletic Trainers’ Association Position Statement: Fluid replacement for athletes. J. Athletic Training, v.35,p.212-224, 2000.
2. Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ações ergogências e potenciais riscos para a saúde. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. São Paulo,2003;9(2).
3. Machado-Moreira CA et al. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Rev Bras Med Esporte v. Niterói, 2006; 12(6). 
4. American College of Sports Medicine. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and fluid replacement. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(2):377-90. 
5. Maughan RJ, Leiper JB. Limitations to fluid replacement during exercise. Can J Appl Physiol 1999;2:173-87.

sábado, 20 de julho de 2013

Musculação faz bem às artérias?

Musculação pode ajudar a controlar a pressão e as taxas de açúcar no sangue. 

Durante décadas, a musculação carregou a fama de sobrecarregar o coração. “Havia um elo errôneo entre esse tipo de atividade e a morte súbita”, diz o cardiologista Rui Manoel dos Santos Póvoa, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. O médico conta que as suspeitas surgiram por causa do abuso de anabolizantes usados pelos “marombados”. “É que algumas drogas usadas em academia afetam diretamente o coração”, justifica.

Nos últimos anos, entretanto, diversos trabalhos surgiram para desfazer o engano. Um dos mais recentes, feito na Universidade Federal de São Paulo, mostrou que levantar peso pode ajudar a equilibrar a pressão arterial. E são vários os mecanismos por trás desse grande feito.

“A prática de exercícios, em geral, favorece a fabricação de substâncias promotoras do bem-estar, caso das endorfinas”, revela Póvoa. Assim, com a cabeça livre das tensões, a tendência é que o sangue circule sem grandes apertos. Além disso, quem sua a camisa mantém o peso saudável e isso, por si só, já tem enorme impacto contra a hipertensão.

Para completar, existem fortes evidências científicas sobre o efeito da malhação nas taxas de açúcar no sangue. “A musculação favorece a captação da glicose pelas fibras musculares, o que ajuda a equilibrar os níveis circulantes de açúcar e insulina”, explica Póvoa. Esse fenômeno assegura proteção aos vasos. Isso porque, quando existem excessos açucarados na circulação, aumentam as chances de surgirem machucados na parede dos vasos, o chamado endotélio. Essas microlesões, por sua vez, servem de estopim para o entupimento das artérias — processo que culmina em infartos e derrames.

Diante de tantos benefícios, você já deve estar toda animada para frequentar a academia, não é? Porém, é fundamental conversar com seu médico antes de começar a puxar ferro. Ele fará uma avaliação clínica criteriosa para afastar qualquer perigo. Dado o sinal verde, busque um profissional de educação física que possa auxiliar sobre a intensidade e a frequência das atividades. Aliás, aqui cabe mais um aviso: se houver exageros na malhação, o tiro acaba saindo pela culatra e o coração pode reclamar. Nada de exagero, hein?!

fonte: Portal Sinta Seu Coração

É saudável substituir a alimentação por suplementação?

Apesar de a suplementação estar cada vez mais presente na vida das pessoas, alguns levam essa hábito ao extremo, a ponto de substituir a alimentação pela mistura de substâncias. 

Conhecido como “ração humana”, o complexo rico em nutrientes ganha espaço na mesa dos esportistas, não como complemento, mas como prato principal. Mas quais as consequências disso?

Diferente do que se acredita, a ração humana não é projetada para conter todas as substâncias que o corpo humano necessita e só pode ser prescrita por um/a nutricionista. “O complexo ajuda a regular as funções intestinais, acelerar o metabolismo e normalmente é usada para a perda de peso, ou seja, não é indicada para atletas, pois eles precisam repor as energias, não perdê-las”, orienta a nutricionista Bianca Bianchi.

Aliás, quando a ração humana é prescrita, ela também deve ser consumida com cautela, pois, em grande quantidade, a mistura causa gases, constipação e distensão abdominal. “A quantidade recomendada é de duas colheres de sopa ao dia misturadas a refeição”, completa a profissional.

Caso a dose seja aumentada, o indivíduo pode sofrer com os efeitos colaterais. “A ração humana é um componente usado para emagrecer, mas pode causar problemas, como aumento de peso, se for consumida no lugar das refeições. Além disso, portadores de diabetes, hipertensão e doenças crônicas precisam de orientação médica antes de consumir esta ração”, avalia a nutricionista.

Bianca Bianchi diz que, ao invés de optar por adicionar a ração humana à dieta, o atleta pode escolher opções mais naturais. “Ele (o atleta) pode preferir outros alimentos que têm a mesma finalidade, como semente de linhaça, farelo de trigo, leite de soja, aveia e açúcar mascavo”.

Suplementação - Como o nome já diz, os suplementos devem ser um complemento de vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos e aminoácidos, que podem estar faltando na dieta do indivíduo. “A suplementação nunca deve substituir uma refeição. No caso de atletas profissionais, a suplementação deve ser feita em parceria com a alimentação, pois há uma perda de energia muito grande. Já para os atletas que treinam na academia com frequência, uma suplementação após o treino já é o suficiente”, explica Bianca.

Saiba o que ocorre com o organismo quando alguns suplementos são consumidos em excesso:

Aminoácidos: desencadeia problemas intestinais, hepáticos e renais.
Glutamina: provoca cirrose no fígado, problemas nos rins e síndrome de Reye (doença que acomete cérebro e fígado).
Termogênicos: provoca taquicardia (que pode levar a uma arritmia) e insônia
BCAA: provoca desgaste gastrointestinal.
Óxido Nítrico: causa problemas respiratórios, coceira, vômitos, tremores, asma e sudorese intensa.
Creatina: apesar de criar a falsa ilusão de aumento muscular, o que realmente ocorre é um aumento da reserva de água dentro das células, o que faz com que as pessoas fiquem inchadas.
Proteínas: prejudica o funcionamento dos rins e fígado.
Substâncias estimulantes: provoca dependência psicológica, aumento da pressão, agitação, distúrbios do sono e falta de coordenação motora.
Óleo de Cártamo: provoca distúrbios do trato gastrointestinal, diabetes tipo 2, inflamação e risco de doenças cardiovasculares
Precursores do HGH – pode ocasionar diabetes, ginecomastia (aumento de mamas em homens), síndrome do túnel de carpo e acromegalia (gigantismo).

Saiba também o que ocorre quando vitaminas são consumidas exageradamente:

Vitaminas: prejudica o funcionamento do fígado e dos rins. Em alguns casos, provoca espinhas e flatulência.
Cálcio: pode ocasionar cálculos renais, redução de magnésio no organismo (se combinado à vitamina C), fraqueza muscular, irritabilidade, depressão, problemas de memória e anorexia.
Fósforo: em excesso pode levar à pressão alta, confusão mental e problemas cardiovasculares
Magnésio: provoca fraqueza muscular, pressão baixa, rubor na face, náuseas, insuficiência respiratória e boca seca
Ferro: Danifica o paladar metálico, causa dor de cabeça, náusea, tontura, pressão baixa, perda de peso, dor nas articulações, problemas no fígado e no coração;
Zinco: provoca anemia, febre, queda no sistema imunológico e nos níveis do colesterol HDL (colesterol bom)
Cobre: provoca náuseas, vômitos, hemorragia gastrointestinal, diarreia, anemia e cirrose.
Manganês: pode atuar no crescimento de células cancerígenas.
Vitamina A: prova ressecamento e descamação da pele, dor nos ossos, nas articulações e na cabeça, cãibras, tontura, náuseas, problemas no fígado e no crescimento.

fonte: Portal Webrun

terça-feira, 16 de julho de 2013

Correr no inverno gasta 30% a mais de calorias

Na época mais fria do ano, ocorre a maior contração dos músculos e por isso nos esforçamos mais para se movimentar e aumentar a temperatura. 

Qual seria a melhor estação do ano para correr? Num país tropical como o Brasil, onde o frio não é tão rigoroso, correr pode ser mais prazeroso e o sofrimento diminui bastante. O inverno, mesmo sendo uma época em que as pessoas tendem a ficar com mais preguiça para sair da cama, é  perfeita para fazer exercícios. Além disso, a queima calórica pode aumentar em 30%. 

- No frio do inverno, temos uma contração maior dos músculos e nos esforçamos mais para se movimentar. Dessa forma, o corpo gasta mais calorias para poder aquecer e assim aumentar a temperatura para o bom funcionamento - disse a professora de educação física Clarice Penna.

Os atletas acreditam que no frio dá para 'puxar' mais no treino e o inverno se torna perfeito para praticar as atividades físicas intensas, como a corrida. O melhor horário para isso é antes das 9h ou após às 17h, onde a umidade é maior. É importante fazer um bom aquecimento e ingerir mais carboidrado para repor a energia em caso de treino longo. Não se esqueça de beber água para ficar hidratado.

- Normalmente, perdemos calor pelos tecidos expostos. Quando você vai correr na rua, por exemplo, o que fica de fora é a mão e a cabeça. Isso é importante pois o fluxo sanguíneo tende a migrar para essa região para aquecer e evitar essa perda de calor. Só que isso é prejudicial e pode causar um resfriamento da parte central do corpo e os demais órgãos - disse Clarice.

Correr no frio, então, tem que ser com muito agasalho? Não. A professora avisa que o ideal é usar trajes que aqueçam o corpo, mas que não atrapalhem a transpiração.

- Tem que tomar cuidado, principalmente com as roupas emborrachadas que podem aquecer demais o corpo e fazer o efeito contrário - encerrou.

fonte: Portal EU Atleta

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Os benefícios que a corrida pode proporcionar à saúde do coração

A melhora do desempenho nas corridas de longa duração guarda a estreita relação com a melhora da função de bomba do coração. 

Quais os benefícios que a corrida proporciona para a saúde do coração? A corrida é basicamente um exercício aeróbico e sua prática regular potencializa exatamente o sistema de transporte de oxigênio do qual o coração é o órgão fundamental.

A melhora do desempenho nas corridas de longa duração guarda estreita relação com a melhora da função de bomba do coração. O limite de aptidão aeróbica é definido pelo volume máximo de sangue que o coração á capaz de fazer circular por minuto, contemplando órgãos e tecidos e particularmente os músculos em exercício.

Este volume de sangue bombeado por minuto é definido como débito cardíaco máximo e representa o produto do número de batimentos cardíacos máximo pelo maior volume de sangue que o coração consegue ejetar em cada batimento (sístole).

Os benefícios do treinamento proporcionam ao coração do corredor aumentar o débito cardíaco máximo. Este efeito decorre da adaptação progressiva do coração aumentando gradualmente o volume ejetado em cada batimento. Esta adaptação torna o coração uma bomba mais eficiente, proporcionando também o efeito mais evidente constatado em indivíduos treinados que é a redução dos batimentos cardíacos.

Como aumenta o volume ejetado em cada batimento, para manter um determinado débito cardíaco, por exemplo correndo num ritmo submáximo, o coração ajusta um número de batimentos por minuto mais baixo. O mesmo efeito observamos durante o repouso, quando os batimentos cardíacos do indivíduo treinado chegam a ter reduções bastante significativas.

Na literatura científica encontramos relatos de atletas com ritmo cardíaco de repouso na faixa de 30 batimentos por minuto. Isto significa uma frequência menor que a metade do indivíduo sedentário, o que projeta um volume ejetado em cada sístole maior que o dobro do que ocorre no coração “destreinado”.

Esta adaptação significa um grande benefício para a saúde do coração, e além de proporcionar a melhora do desempenho, também acena com uma distância mais longa na expectativa de qualidade de vida e longevidade.

fonte: Portal Eu Atleta

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Tremor nas pálpebras é sinal de que é preciso desacelerar

O tremor aparece porque liberamos hormônios ligados ao estresse que vão para o sistema nervoso autônomo; ele é um dos primeiros sinais de que algo não vai bem e que é preciso relaxar. 

Quem nunca sentiu aquele famoso tremor nas pálpebras? Algo tão irritante quanto impossível de ser controlado. Pior: pode durar dias, com direito a curtos intervalos. Mas por que isso é tão comum e, ao mesmo tempo, difícil de ser evitado?

A oftalmologista Andrea Lima Barbosa, diretora médica da Clínica dos Olhos São Francisco de Assis (RJ), conta que é extremamente comum pessoas chegarem a seu consultório com essa queixa.

"É sempre preocupante para a pessoa e o correto é procurar um especialista, mesmo. Esse tremor palpebral em episódios é uma luz vermelha avisando que algo não vai bem não só no seu corpo, mas em sua vida", alerta a médica.

Ela conta que o tremor é um sinal de que a pessoa pode estar no auge do estresse. "Pode ser  fadiga, ansiedade, resultado de noites mal dormidas ou problemas pessoais , por exemplo".

Estresse

Barbosa explica que o tremor, quase sempre unilateral, aparece porque liberamos hormônios ligados ao estresse que vão para o sistema nervoso autônomo. Estes hormônios levam estímulos para as pálpebras, que passam a ter contrações involuntárias, ou seja, impossíveis de se controlar.

Com ela concorda o oftalmologista Luiz Carlos Portes, ex-presidente e membro do conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Ele acrescenta alguns outros fatores que podem desencadear o problema: ingestão excessiva de cafeína, carência de vitaminas, idade avançada, excesso de horas em frente ao computador etc.

Ambos enfatizam que o oftalmologista deve ser consultado para descartar qualquer doença, mas o comum é mesmo que tudo não passe de estresse.  Porém, se for algo além disso, o paciente será encaminhado para um neurologista, por exemplo.

Portes, porém, avisa que algumas doenças como conjuntivite e olho seco também podem provocar os espasmos. Isso sem contar que pessoas com mal de Parkinson e Síndrome de Tourette (desordem neurológica ou neuroquímica caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos  ou vocalizações que ocorrem repetidamente) também sofrem com esses espasmos.

Procurar o médico

"Por isso é importante consultar um oftalmologista", enfatiza o médico. Porém, como na maioria dos casos o problema advém mesmo do estresse, ele comenta: "Há pessoas que ao ficarem estressadas, sentem azia. Outras têm dor nas costas e algumas têm este tremor. É difícil, mas é preciso achar um caminho para não sentir tudo isso".

"Você tem de se perguntar: o que vai fazer da sua vida? Como anda o trabalho e os relacionamentos. Eu indico relaxamento, ioga, meditação, algo para acalmar mesmo. E, na medida do possível, evitar se estressar", alerta Barbosa.

A médica insiste que é preciso tomar cuidado porque, se a pessoa não se cuidar, poderá desenvolver doenças cardíacas, depressão, ansiedade ou hipertensão, por exemplo.

"É preciso mesmo repensar a vida", ressalta, acrescentando que ela própria já passou por isso: "Quando eu fazia plantão médico, eu mesma tinha isso com frequência. Era uma época bem estressante para mim". Portes também já teve o mesmo problema, quando se preparava para o vestibular: "Eram menos opções de faculdades e a pressão era ainda maior. Estudava muito!".

Como fazer parar?

Uma receita caseira dá conta de que compressas de chá de camomila ajudariam a parar o tremor.  "Melhor tomar o chá", brinca a médica.  Porém, ela ensina que gelo é bom, porque anestesia a musculatura.

Já o médico conta que indica ao paciente um relaxante muscular, mas também aconselha a pessoa a ir ao cinema, praticar exercícios e descansar, pois o comum é que o tremor passe quando ela conseguir relaxar.  "Se notamos que é algo de ordem pessoal ou depressão mesmo, o correto é encaminhar a um psicólogo ou psiquiatra".

Botox

Se a pessoa tiver o tremor de forma crônica, pode ser algo mais grave. "Existe a doença do espasmo essencial, blefarospasmo, que é rara. É o famoso tique nervoso, a pálpebra fica tremendo o tempo todo. Daí é preciso tratamento com um neuro-oftalmologista que usará injeções de Botox", conta a médica. A indicação ocorre porque a toxina botulínica paralisa o músculo.

Norma Allemann, professora adjunta do Departamento de Oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), conta que, em alguns desses casos, após diagnóstico diferencial adequado com doenças neurológicas que podem estar associadas, a toxina botulínica é aplicada em forma de injeções e tem duração variável de efeito, entre três e seis meses.  "O blefarospasmo é uma condição rara, um tipo de distonia facial, geralmente bilateral e associado a contraturas de outros músculos da face e caracterizado pela impossibilidade de controle voluntário.  Pode ser um sintoma de doenças neurológicas e deve ser acompanhado de consulta especializada para diagnóstico", encerra.

fonte: Portal UOL

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O consumo de cigarro está entre os principais agravantes no desempenho da atividade física

Cerca de 15% da população brasileira fuma. Um número que pode ser considerado alto, porém menor do que os 35% da década de 80. 

O cigarro tem cerca de 4.720 substâncias, e existem três delas que comprometem muito o desempenho do atleta: nicotina, que diminui o tamanho das artérias, responsáveis em levar o sangue até o músculo, gerando um desempenho muscular bem menor, além de aumentar os batimentos cardíacos; o alcatrão, que diminui a elasticidade do pulmão; e o monóxido de carbono, que compete com o oxigênio, por isso que o indivíduo que fuma possui falta de ar com frequência. 

Cigarro é uma das drogas que mais causa dependência. Se a pessoa quer parar de fumar, a motivação é muito importante, traçar estratégias como o exercício físico, além do uso de medicação e técnicas psicoterápicas, também podem ajudar no processo. O exercício regular promove a sensação de prazer, que estimula a pessoa a cada vez mais repetir o comportamento e isso vai deixando o cigarro em segundo plano, o cérebro vai se organizando de outra forma. Vale ressaltar que o prazer do esporte tem que estar associado, não adianta fazer uma atividade apenas para parar de fumar. O ideal é que a pessoa se sinta bem durante a atividade e entenda a importância para a saúde corporal e mental desse novo habito.

fonte: Portal EF

Água, sódio e carboidratos: essenciais em atividades de longa duração

Alguns atletas optam em não ingerir líquidos quando praticam atividade física por conta do desconforto estomacal que pode aparecer. 

No entanto, o estresse do exercício é acentuado pela desidratação, que aumenta a temperatura corporal, prejudicando as respostas fisiológicas e o desempenho físico, além de produzir riscos para a saúde. A água é fundamental em qualquer tipo de exercício, principalmente em atividades de longa duração, como por exemplo, provas de rua de longa distância, como a meia maratona (21Km) e maratona (42Km). 

Além disso, é fundamental que esses atletas de atividades mais intensas se atentem à reposição de carboidratos e de sódio. O mesmo acontece em atividades prolongadas, com mais de uma hora de duração, ou atividades de elevada intensidade, como vôlei, basquete, futebol, tênis, entre outras. A reposição necessária de carboidratos para manter a glicemia e retardar a fadiga é de 30 a 60 gramas por hora. Para os corredores, recomenda-se a ingestão de 500ml de água duas horas antes do exercício, e 250 ml quando faltarem 15 minutos para a largada, além de 1 gel ou jujuba de carboidrato. 

Durante a prova recomenda-se iniciar a ingestão de água já nos primeiros 15 minutos e continuar se hidratando a cada 15 a 20 minutos ou em todos os postos de hidratação. Após a prova ou treinos longos a hidratação deve ser reforçada.

fonte: Portal EF