terça-feira, 17 de junho de 2014

O consumo elevado de proteína faz mal aos rins

Uma das coisas que as pessoas vivem dizendo quando você decide começar a tomar suplementos de proteínas é que o consumo excessivo de proteína vai fazer mal para a sua saúde, em particular para os seus rins.

Existe a preocupação de que a alta ingestão de proteína pode promover danos renais crônicos, fazendo com que os rins deixem de funcionar corretamente. Mas será que essa preocupação tem embasamento científico? Será que se aplica a todas as pessoas ou só a algumas? Vamos explorar essa questão nessa matéria.

Comunicados de imprensa muitas vezes concluem que “muita proteína acaba com os rins”. Porém, todos esses comunicados devem ser colocados dentro do devido contexto. A verdadeira questão é se a pesquisa em indivíduos saudáveis apoia essa idéia. A verdade é que, quando olhamos para as pesquisas, vemos que não.

Pesquisas em indivíduos saudáveis

Não é correto fazer pesquisas onde se mostre que o consumo elevado de proteína prejudica ainda mais pessoas com doenças renais e extrapolar essa conclusão para indivíduos saudáveis.

Por norma, os atletas consomem altos níveis de proteína em sua dieta, especialmente atletas de força. Na verdade, muitos esportistas chegam a consumir 2gr de proteína por quilo de peso corporal. Apesar disso, não há evidências de que esses atletas estejam em maior risco de sofrer de doença renal.

Pelo contrário, uma pesquisa realizada com fisiculturistas e atletas bem treinados, publicada no International Journal of Nutrition& Exercise Metabolism, concluiu que a ingestão de 2,8gr proteína por quilo de peso não prejudicou a função renal desses atletas.

Essa pesquisa é importante, na medida em que os fisiculturistas são o grupo de pessoas que consomem proteínas em maiores quantidades. E, apesar disso, seus rins estão funcionando corretamente.

Em 2005, pesquisadores avaliaram as pesquisas em volta dessa questão e apresentaram a conclusão de que, embora possa ser benéfico pessoas em tratamento de doença renal reduzirem a quantidade de proteína dietética, não existe nenhuma evidência de que a ingestão de altas quantidades de proteína possa prejudicar a função renal em pessoas saudáveis.

Como se não bastasse, existe ainda uma outra pesquisa realizada em pessoas obesas que se encontravam em um regime de perda de peso, que mostrou que as dietas ricas em proteína não causaram danos na função renal.

A observação simples é a de que não existe sustentação científica para a afirmação de que o consumo elevado de proteína vai prejudicar os rins de pessoas saudáveis. Esses falsos alertas são o resultado da ignorância e sensacionalismo da mídia, que está mais preocupada em conseguir lucro fácil do que em informar verdadeiramente.

Se você tem algum problema nos rins, logicamente deve ter cuidado com a quantidade de proteína que consome. Mas se você for saudável, não tem por que se preocupar.

fonte: site Pekool

Excesso de treino pode sobrecarregar a tíbia e causar fratura por estresse

A maior parte das fraturas por stress em corredores ocorre na tíbia, osso da canela. 

Segundo algumas pesquisas, as fraturas nesse local representam de 35% a 49% de todas as fraturas por stress. O desenvolvimento da fratura por stress na tíbia está ligado ao acúmulo de forças mecânicas transmitidas para o osso, excedendo sua capacidade de reparação e remodelação com o passar do tempo.

Existem alguns fatores relacionados ao seu surgimento, embora sua exata causa ainda esteja envolta em dúvidas. Entre eles, incluem-se o volume de treinamento exagerado, condições intrínsecas como regulação hormonal e nível nutricional, e fatores biomecânicos como alto impacto.

Pessoas com fratura por stress exibem um amortecimento de impacto na corrida deficiente em comparação a pessoas sem lesão. A força com que o corpo aterrissa no chão é maior, e o joelho, que deveria funcionar como uma mola para suavizar o impacto, fica mais rígido. Além disso, um alto grau de pronação do tornozelo também é observado em pessoas que apresentam essa fratura.

Pesquisadores japoneses acompanharam 230 corredores por três anos, no intuito de descobrir com mais detalhes sobre o que causa a fratura por stress. Eles mediram altura, peso, índice de massa corpórea, amplitude de movimento do tornozelo e quadril, flexibilidade dos músculos da perna, alinhamento do joelho, arco do pé (se plano ou normal), força do quadril e condicionamento físico. No início da pesquisa, nenhum corredor apresentava lesão.

Ao final dos três anos, 21 tiveram fratura por stress e a única diferença entre esses corredores e os que continuaram sem problemas foi a flexibilidade dos músculos das pernas. Os que tiveram fratura apresentavam maior rigidez, o que pode interferir no mecanismo de absorção de impacto e gerar sobrecarga na tíbia.

O tratamento normalmente não é cirúrgico e envolve um período de repouso estabelecido pelo médico. No retorno à corrida, é importante atentar-se ao impacto do corpo com o solo. Procure correr fazendo o mínimo barulho possível, mantenha o tronco estável e alto (imagine que uma corda te puxa para cima) e deixe as pernas relaxadas.

fonte: site Globo.com