quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Os alimentos adequados para o pré e pós treino

A alimentação é fundamental para garantir os benefícios da atividade física – e comer de forma indevida pode impedir que o tempo gasto em uma academia surta efeitos positivos, como o aumento da massa muscular, por exemplo. 

Alimentos consumidos antes e depois do exercício de força devem cumprir determinadas funções, como oferecer energia e ajudar a regenerar a musculatura. Itens ricos em carboidratos e proteínas, como frutas e ovos, são essenciais nesses momentos.

Durante o exercício de força, o corpo tem como fonte de energia o glicogênio, que são moléculas derivadas do carboidrato presentes no tecido muscular. Por isso, o músculo deve ter um estoque da substância para garantir um bom desempenho na atividade física e evitar a perda de massa magra. Esse estoque pode ser formado por meio do consumo de carboidratos antes do exercício, incluindo pães, massas, cereais e frutas. 

Segundo o fisiologista Rodrigo Maduro, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o ideal é que sejam consumidos carboidratos com baixo índice glicêmico, como pães e massas integrais, por exemplo. Isso porque a glicose presente nesses alimentos é absorvida pelo corpo mais lentamente, fazendo com que o açúcar demore para chegar às células. Com isso, o corpo recorre à queima de gordura para obter energia. Recomenda-se a ingestão desses alimentos pelo menos uma hora antes da atividade física, tempo suficiente para o organismo os digerir completamente e absorver todos os nutrientes.

Pós Treino

Após o exercício, a musculatura precisa repor o estoque de energia, o que pode ser feito com o consumo de carboidrato, como um pão ou um suco de frutas. Além disso, para que a massa muscular de fato aumente, é necessário regenerar as lesões provocadas no músculo pelo exercício – processo que depende da ingestão de proteína, encontrada em carnes, ovos e leite, por exemplo. Especialistas recomendam o consumo de fonte de carboidrato e outra de proteína até 1 hora depois da atividade física.

“Quem treina precisa de 1,2 a 1,4 grama de proteína por quilo de seu peso total ao dia para que esse processo seja bem sucedido. Normalmente, recomendamos que, logo após o exercício, o indivíduo consuma 20 gramas de proteína, quantidade encontrada em dois filés de frango, por exemplo”, diz o educador físico Bruno Gualano, professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora da USP.

O que comer antes e depois da academia

Antes: Frutas

Frutas como a laranja e a maçã têm carboidratos de baixo índice glicêmico. Isto é, o açúcar presente nesses alimentos chega à corrente sanguínea lentamente e, por isso, não provoca picos de glicose no sangue. “Isso faz com que o corpo opte por utilizar gordura como fonte de energia na hora do exercício”, diz o fisiologista do exercício Rodrigo Maduro, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, as frutas aumentam o estoque de carboidrato no músculo, que é armazenado em forma de glicogênio, garantindo um bom desempenho na atividade física. O ideal é que a fruta seja consumida uma hora antes do exercício.

Antes: Pão integral

O pão integral possui a mesma característica das frutas: é fonte de carboidratos e de fibras de baixo índice glicêmico. Consumir esse alimento uma hora antes do exercício faz com que o corpo gaste mais gordura para obter energia. Além disso, oferece carboidratos à massa muscular, melhorando o desempenho na atividade física.

Antes: Ovos

O ovo é rico em proteína e, por isso, ajuda na reconstrução das fibras musculares após a atividade física. Porém, durante a atividade física, o organismo também utiliza uma pequena porção de aminoácidos, que são pequenas estruturas da proteína, como fonte energética. Consumir um ovo mexido duas horas antes do treino é o suficiente para digerir adequadamente o alimento e melhorar o desempenho no exercício.

Depois: Suco de frutas

Durante o exercício físico de resistência, o músculo utiliza seu estoque de glicogênio para ter energia. Por isso, depois da atividade, as células musculares ficam mais permeáveis para captar a glicose, repor esse estoque e acelerar o processo de recuperação. Então, alimentos que são fonte de energia rápida são ideais nesses momentos, e o suco de frutas é uma opção ideal. Recomenda-se que eles sejam consumidos até 30 minutos depois da atividade física, segundo o educador físico Bruno Gualano, e coordenador do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora da USP.

Depois: Cereais integrais

Pães e massas integrais também são fonte de energia rápida e saudável para o corpo. "Pessoas que querem emagrecer podem estender um pouco o intervalo entre o final do exercício e a alimentação em até 60 minutos, retardando o efeito da insulina no organismo, que inibe a queima de gordura”, explica Rodrigo Macedo.

Depois: Carne

Os exercícios de resistência provocam microlesões no músculo, que devem ser regeneradas para que, de fato, ocorra o aumento da massa muscular. As proteínas são essenciais nesse processo, pois reinstauram a integridade da musculatura. Assim como o leite e o ovo, por exemplo, a carne, tanto vermelha quanto branca, é rica no nutriente. “Dois filés de frango médios, por exemplo, são suficientes para oferecer a quantidade de proteína necessária depois da atividade física, que é de 20 gramas”, diz Bruno Gualano, educador físico da USP.

fonte: site VEJA

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Distensão da Musculatura da Virilha: Tratamento e Prevenção

Existem dois músculos que normalmente se lesionam quando ocorre uma distensão da virilha, o Adutor Magnus (corre para baixo pela parte interna da coxa) e o Sartório (começa na parte externa do quadril, cruza a coxa e conecta-se perto da parte interna do joelho). 

O que é a distensão da virilha?

Distensão é um estiramento ou ruptura de um músculo ou um tendão. Os músculos da virilha ajudam a fechar as pernas. Existem dois músculos que normalmente se lesionam quando ocorre uma distensão da virilha, o Adutor Magnus (corre para baixo pela parte interna da coxa) e o Sartório (começa na parte externa do quadril, cruza a coxa e conecta-se perto da parte interna do joelho).

Como ocorre ?

Ocorre, com maior freqüência, durante corridas, saltos, arrancadas, viradas bruscas ou com a “abertura” excessiva da perna.

Quais os sintomas ?

Dor ao longo da parte interna da coxa ou na região da virilha ao juntar as pernas e, às vezes, ao elevar o joelho.

Como é diagnosticada ?

O médico pesquisará os sintomas e examinará a coxa e o quadril.

Como é tratada ?

O tratamento pode incluir:

• Aplicação de compressas de gelo na coxa por 20 ou 30 minutos, sendo que a cada 8 minutos de gelo deve-se fazer uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.

• Uso de anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares.

• Fisioterapia.

Enquanto a lesão não estiver totalmente recuperada, o esporte, antes praticado, deverá mudar para um que não piore a condição. Por exemplo: Nadar ao invés de correr.

Quando retornar ao esporte ou atividade ?


O objetivo da reabilitação é que o retorno ao esporte ou à atividade aconteça o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe a possibilidade de piora da lesão, que pode levar a um dano permanente.

Como cada indivíduo é diferente do outro, a velocidade de recuperação também é. Por isso, o retorno ao esporte será determinado pela recuperação dos músculos da virilha, não existindo um protocolo ou um tempo exato para isto acontecer.

Geralmente, quanto mais rápido o médico for consultado após a lesão, mais rápida será a recuperação.

Para retornar, seguramente, ao esporte ou à atividade é necessário:

• Possuir total alcance de movimento da perna lesionada, em comparação a não lesionada,

• Possuir total força da perna lesionada, em comparação a não lesionada,

• Poder correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar,

• Poder correr a toda velocidade, em linha reta, sem sentir dor ou mancar,

• Poder fazer viradas bruscas, a 45º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,

• Poder fazer o “8” com 18 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,

• Poder fazer viradas bruscas, a 90º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,

• Poder fazer o “8” com 9 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade,

• Poder pular com ambas as pernas e, depois, com a perna lesionada, sem sentir dor.

Como evitá-la ?

A melhor maneira de evitá-la é com aquecimento e alongamento da região da virilha antes e depois de realizar as atividades. Isso é especialmente importante em atividades como corrida em velocidade e salto.

fonte: clínica Deckers

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Atividade física ajuda pacientes em recuperação de AVC

Quando um Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece, é imprescindível tentar reorganizar as estruturas do cérebro que porventura tenham sido danificadas. Exercícios físicos ajudam nesta tarefa e melhoram a qualidade de vida de quem sofreu AVC. 

Uma pesquisa, realizada pelo Laboratório de Neuroimagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) analisou os efeitos que as atividades físicas podem causar ao sistema nervoso central. 

O estudo demonstrou os resultados sobre as alterações estruturais que ocorrem em uma das áreas cerebrais mais complexas do nosso corpo com a prática de exercícios, e os indica como forma de auxilio na reabilitação de pacientes portadores de doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer e o Mal de Parkinson. 

Outro estudo, realizado pela Clínica Mayo, em Jacksonville, EUA, 673 pacientes que sofreram AVC foram analisados. Dentre eles, 50,5% se exercitavam menos de uma vez por semana antes do derrame, 28,5% de uma a três vezes por semana e 21% praticavam atividades aeróbicas quatro vezes por semana ou mais. 

Foram analisados fatores como sexo, raça e massa corporal. Pacientes que praticavam exercícios se saíram melhor em testes que avaliaram as habilidades cotidianas, levando os pesquisadores a concluir que quem é ativo fisicamente se recupera mais facilmente das sequelas do AVC. Serão ainda realizados estudos para identificar a quantidade ideal dos exercícios.

fonte: site Bem Estar